O homem e o saber

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  A todo instante nos deparamos com objetos que representam incógnitas para nosso consciente, e como num ciclo, expomos por aptidão inata nossas incertezas vinculadas a um instinto que busca pôr-nos a parte dos elementos que compõem o universo de informações em que vivemos. Tendo a cognição como base do saber, inicia-se um processo de idealização adventícia dirigida ao ser em questão, que formará ao final de algumas etapas um conceito individual. Como primeira etapa deste processo, temos a apreensão mental do objeto. Podemos dizer que se trata de um procedimento intelectual passivo, por não afirmar, negar, deduzir ou induzir nada referente aos elementos do objeto. A apreensão cria em nosso consciente uma mera imagem superficial por não alisar os atributos necessários para chegar-se a uma conclusão. Obtemos um ponto de partida, um referencial que será analisado pelo próprio espírito para possibilitar a continuidade do processo de conhecimento.
  A partir da imagem do objeto pode-se realizar um ato mental que fará relação entre a imagem proveniente da apreensão e a imagem do objeto já existente em nosso consciente. Esta relação é denominada juízo, e afirma a conveniência ou inconveniência das imagens já existentes do objeto em questão. No entanto, esse procedimento se dá como o descrito, unicamente de uma forma onde já possuímos em consciência algum de seus elementos ou atributos. Por isso, no processo de idealização de elementos adventícios, não se faz o juízo da mera imagem obtida pela apreensão mental.
  Quando obtemos através do espírito alguma informação que se aplique ao objeto, de maneira tal que se possam realizar juízos acerca do mesmo, avançamos a uma nova etapa, que consiste no ordenamento e análise das imagens então formadas. Esta fase do processo de conhecimento é o raciocínio. Basicamente é a ordenação dos dados a serem analisados.
  Resta-nos agora, uma última etapa, que pode ser considerada parte da anterior, por se constituir basicamente de um método de raciocínio dedutivo. Chamado de silogismo, este procedimento impõe três proposições para análise: a premissa de maior extensão, a premissa de menor extensão e a conclusão. De forma que a conclusão é obtida da maior por intermédio da menor. Dessa forma, obtemos como produto uma conclusão, que pode variar por conta do juízo que se aplicou a imagem do objeto.
  Não deve se considerar algo incomum o fato de que hajam divergências entre as conclusões que se constroem por cada um de nós. Isso se deve ao fato de que ao menos na etapa onde se faz o juízo, obtemos uma obra espiritual individual, isto é, que varia de acordo com nossos valores. O que foi construído até aqui é produto de todo um processo, que necessita seguir a ordem das etapas de formação. Com isso, nossas opiniões estarão firmadas nos dados obtidos e gerados ao longo de um processo que é irrepreensível, o que impedirá que estas sejam apontadas como meros argumentos.


Revisão de preconceito e discriminação.


  Ora, tendo as opiniões em suas fases de formação seguido a ordem das etapas do processo de idealização e sendo julgadas ao final deste mesmo processo, com base em uma estrutura de valores, deveriam estar sujeitas a algum tipo de recaracterização, impostas geralmente, por alguns indivíduos? Inevitável. As divergências de opiniões sempre ocorrerão, já que o juízo é constituído de notas individuais. Podem-se observar então contradições entre os conceitos de um mesmo elemento. No entanto, não podem deixar de ser considerados conceitos, já que tais divergências de opiniões não recaracterizam os mesmos. Se surgirem através do completo processo de idealização serão sempre conceitos, mesmo ante a contradições. Com isso, preconceito religioso, sexual, não podem estar sujeitos serem taxados de conceitos pré concebidos. Mas qual é a definição de preconceito? É simples e facilmente compreensível: preconceito é qualquer conceito que se forma com um juízo que não predispõe de dados acerca do objeto em questão, para que assim possa efetivar-se, isto é, julgar sem conhecer. A intolerância a grupos sociais, divergências entre religiões, segregação de raças e classes, etc, são temas que também são erradamente tidos como sinônimos da discriminação, até mesmo algum ato sendo considerado fruto exclusivo de um preconceito, que são os atos que julgamos terem sidos executados por conta da ausência de um juízo coerente, mas não são.   Simplesmente não devem ser classificadas grosseiramente como preconceito, já que na verdade são apenas atos discriminatórios.


  Pode-se concluir que fatos e dados concretos são fundamentais para o conhecimento humano. Observem também, em contraparte, a forma com que antigas crenças e costumes influenciaram na sociedade moderna, quase sempre se resumindo a culturas teocentristas e baseadas na ciência primitiva. Estas deram origem as mais populares religiões, tradições e hábitos da sociedade, o que os tornam, em sua maioria, dignos de revisões.

Vitae Sensu

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Vitae Sensu
 


  É sempre fascinante admirar as dimensões do universo. Saber que conhecemos uma estrela cerca de 2.940.000.000 vezes maior que a terra (VY Canis Majoris) e, no entanto, podem existir outras maiores. Acreditar que existem universos microscópicos, que nos fazem observar com mais atenção tudo o que está a nossa volta. Isso me traz uma pequena noção do real significado da palavra infinito.
  Transpor nossos conceitos de paradigmas e dogmas, olhar toda a vida de maneira imparcial e ao menos tentar compreender a espécie humana nas características que temos em comum. Encontro sentido na busca desenfreada do saber, até daquilo não tenho consciência que desconheço.
  Lamentável é que não sejamos capazes de agir em unidade, quase sempre pelas divergências das nossas convicções. Deixamos de lado o ápice de nosso potencial mais comum e básico: o de agir coletivamente. Assusto-me apenas por imaginar tal utopia paradoxal, se fossemos como outros seres que mantém sua existência apenas pelo uso do coletivo, teríamos ascensão imediata do progresso a níveis globais.
  Sigo esta jornada com objetivo de contribuir de alguma forma com os outros seres. Em seu fim espero poder encontrar um objeto primário que decifre por completo, o começo da nossa existência, dentre outros assuntos, dúvidas que só eu tenho. 


(ENGLISH VERSION)
  It is always fascinating to admire the size of the universe. Knowing what we know a star about 2,940,000,000 times larger than the earth (VY Canis Majoris), and yet, there may be other bigger. Believe that there are microscopic worlds that make us look more closely everything that is around us. This brings me a small taste of the real meaning of the word infinite.
  Transpose our concepts of paradigms and dogmas, look at life in an impartial manner and at least try to understand the human species in our characteristics in common. I find aim in the wild search of knowledge, even of what I am not aware that I don’t know.
  Unfortunate is that we are not able to act in unity, almost always by the divergences of our convictions. We left side of the climax of our potential most basic and common: act collectively. I get scared just by imagining such utopia paradoxical, if we be like other beings that maintains its existence only by use of the collective, would rise immediately a global progress.
  I follow this journey in order to contribute in some way with every being on earth. In his end I hope to find one primary object to decipher completely the beginning of our existence, among other things, questions that only I have.


Projeto de lei da câmara, Nº 122 de 2006

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PLC - PROJETO DE LEI DA CÂMARA, Nº 122 de 2006


  “Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, dá nova redação ao § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e ao art. 5º da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras providências.”
  Gostaria de convidar aos amigos que estão acompanhando este blog, a ponderar sobre uma questão que, durante séculos, vem sendo motivo de polêmicas. Trata-se do homossexualismo e sua aceitação na sociedade, no entanto, irei abranger apenas o que diz respeito ao projeto de lei, que pretende inibir as ações discriminatórias contra os então assumidos homossexuais. Vale ressaltar que meu parecer será imparcial, tal como deve ser o julgamento no senado federal.
  É incrível como se criaram fantasias acerca do projeto, que é simples a meu ver. Conspirações inúmeras que foram difundidas, infelizmente, para manipular a opinião pública. Já ouvi julgamentos diferentes e cheguei à conclusão de que se fala muito sobre os possíveis efeitos da aprovação da mudança da lei 7.716, porém sem qualquer fundamento coerente. Aparentemente fizeram de tudo, exceto ler o projeto inteiro (http://www.4shared.com/file/162409844/19e5f1c4/429491.html). Estou me referindo a líderes religiosos que insistem em criticar o projeto, fundamentados em conceitos obsoletos para uma sociedade democrática.   Afinal, a essência da democracia é a decisão popular e seria pura hipocrisia se nesse caso fosse diferente. Como não haverá um referendo, que seja ao menos, discutido também do ponto de vista filosófico e humanitário.
  Gostaria de destacar o artigo 5º, 9º parágrafo da constituição federal de 1988 que cita: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Outro fato é que, aparentemente, D. Pedro I não se baseou na bíblia cristã para desenvolver a primeira versão da constituição em 1824, mas em obras de Benjamin Constant de Rebecque. Não se encontram motivos para se basearmos nela agora, pois é a igreja que faz parte da sociedade, não o contrário.
  De forma alguma quero menosprezar o valor doutrinário do cristianismo com minha declaração, mas apenas enfatizar a importância do tratamento imparcial desta questão. Estamos prestes a provar que nossos valores também evoluíram e ninguém terá de abrir mão de direito algum caso a alteração de lei seja aprovada. Os homossexuais também merecem respeito, isso é irrevogável, mas não considerarei o homossexualismo como algo “normal”, já que se trata de uma alteração de comportamentos do ser humano. Defino o mesmo como algo “comum” e que pode ser aceito em nossa sociedade. A convivência entre os mais distintos seres não é utópica, para isso só é necessário o respeito mútuo. Que prevaleça o bom senso e a democracia em nossa sociedade, ambos sempre serão defendidos por mim. 

(segue abaixo o link para acompanhamento do projeto no senado federal)
(ENGLISH VERSION)

BC - BILL OF CAMERA, No. 122, 2006
  "Amendment to Law No. 7716 of 5 January 1989, which defines crimes resulting from prejudice based on race or color, it gives new wording to § 3 of art. 140 of Decree-Law No. 2848 of December 7, 1940 - Penal Code, and art. 5 Consolidation of Labor Laws, approved by Decree-Law No. 5452 of May 1, 1943, and other measures. "
  I would like to invite friends who are following this blog, to ponder a question that, for centuries, been the object of controversy. It is of homosexuality and its acceptance in society, however, I will address only with regard to the bill, which seeks to inhibit the discriminatory actions against homosexuals so made. Note that my opinion is unbiased, as should be the trial in the federal senate.
  It's amazing how it created fantasies about the project, which is simple in my opinion. Numerous plots that were broadcast, unfortunately, to manipulate public opinion. I've heard different trials and came to the conclusion that there is much talk about the possible effects of the adoption of the 7716 law change, but without any consistent basis. Apparently they did everything but without read the entire project (http://www.4shared.com/file/162409844/19e5f1c4/429491.html). I'm referring to religious leaders who insist on criticizing the project, based on obsolete concepts for a democratic society. After all, the essence of democracy is the popular decision and it would be hypocritical in that case was different. As there will not be a referendum, which is at least, also discussed in terms of philosophical and humanitarian.
  I would like to highlight Article 5, paragraph 9 of the constitution of 1988 which states: "It's free the expression of intellectual activity, artistic, scientific and communication, regardless of censure or license." Another fact is that, apparently, D. Pedro I, did not based on the Christian Bible to develop the first version of the constitution in 1824, but in works of Benjamin Constant de Rebecque. There are no grounds to base it on it now, it is the church that is part of society, not otherwise.
  In no way want to diminish the value of doctrine of Christianity with my statement, but only to emphasize the importance of fairness of this issue. We are about to prove that our values have evolved and no one will have to give up any rights if the amendment bill is approved. Homosexuals also deserve respect, it is irrevocable, but do not consider homosexuality as something "normal" since this is a change in behavior of human beings. I define it as something "common" and that can be accepted in our society. The relationship between the most distinct beings is not utopian, for it is only necessary mutual respect. What common sense and democracy will prevail in our society, both will always be defended by me. 

(follow the link below to monitor the project in the federal senate)